Planeta em Furia


    
    No frio universo, algo de errado estava acontecendo, era uma desordem na estrutura do nosso Sistema Solar, por um único planeta, a Terra que parecia má com seus filhos e filhas, ela estava irada sem paciência ao ver tanta destruição. Tudo estava mudando, ela iria começar a agir. Foi quando um dos outros planetas percebeu que a Dama d’água como era conhecida a Terra, estava tentando mostrar que mandava na ordem natural das coisas.
    Vênus pergunta então porque de tanta revolta e a Terra logo responde:
   Meus filhos e filhas não estão sabendo se controlar, me destroem sem dó, arrasam tudo o que vêem pela frente. Vejo que precisarei fazer o que você fez no passado, quando deu a vida existente em seu solo, o seu hidrogênio e oxigênio ao universo, quando deixou de ser azul de água, e se tornou fogo. É Vênus, estou vendo que precisarei derramar-me em lágrimas de lama, para limpar o lixo das minhas montanhas que um dia foram verdes ou brancas. Gastar meu fôlego para varrer plantações desordenadas que destruíram minhas árvores, rachar meu chão para controlar o crescimento desordenado, onde um dia foram campos de vida selvagem.
    Vênus vendo a Terra aos poucos se despedaçando, pediu uma chance aos filhos a quem ela pedia respeito, e a Terra novamente em tom de raiva pergunta:
     Porque ter piedade daqueles que te destroem?
    Vênus mostra a ela que por mais que se destruísse para acabar com o próprio sofrimento, ela iria sofrer para sempre, pois iria se tornar inabitável e com um peso que poderia ser sua sina para querer o fim. A Dama então pergunta qual peso seria maior do que aquele que ela carregava.
    Com calma, Vênus diz que maior peso do que aquele é saber que havia ainda inocentes ali embaixo, que por mais que a mãe castigasse os filhos, ainda teriam aqueles que veriam algo errado, que compreenderiam sua fúria, e tentariam de algum jeito ajudar.  E que no final das contas, não valeria apena ficar com essas marcas de sangue. A Terra então se rende aos apelos. E pergunta a Vênus:
    Como sabia tanto sobre essa raça?
    A Deusa do Amor mostra a Dama d’água, que os habitantes que nela viviam a obrigaram ao sacrifício, e ela o fez, porém inocentes pagaram. Hoje ela é vermelha, do sangue inocente nela derramado e também sofre com as marcas de um planeta que não abriga vida, só a morte.
    A Terra desde então, tenta através de desastres, mostrar aos seus filhos que algo está errado, mas a maioria, ainda não percebeu que a Mãe adoece a cada dia e que matam a mesma a cada segundo.
Será que vale a pena ter tanta culpa? Ou será que ainda vale apena culpar poucos? O que falta a todos nós é o bom senso de que se cada um fizer um pouco como um pássaro apagando um incêndio na floresta com suas asinhas, o mundo seria melhor. Talvez com um cenário diferente, azul..

Autor do texto abaixo; Agradeço pela honra de ter suas palavras em nosso blog....

Blog do Autor:   
erivaldo-m.wixsite.com/renascerliterario

Por Erivaldo Manoel

Comentários

Obrigado Erivaldo pela colaboração, e um jovem talento despontando para o mundo da Cultura...valeu...fuiiiiii
Anônimo disse…
Parabéns pelo texto, gostei muito.
Abraço
Ola Zé voce viu como o garoto manda bem..tem futuro...valeu...fuiiiiii
Fátima obrigado pela visita e elogio...fuiiiiiii
Hj conversamos sobre essa postagem 9 anos depois...abraços Erivaldo...

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